Verão de 2023 no Hemisfério Norte bate recordes de temperatura
Observatório Europeu Copernicus confirmou que as temperaturas médias globais durante os meses de junho, julho e agosto foram as mais altas já registradas. Julho também foi o mês mais quente da história, seguido por agosto. 2023 deve ser o ano mais quente. Uma mulher se refresca na Fontana della Barcaccia durante onda de calor em toda a Itália, em 17 de julho de 2023 Guglielmo Mangiapane/Reuters As temperaturas médias mundiais durante os três meses do verão no Hemisfério Norte (junho-julho-agosto) foram as mais elevadas já registradas, anunciou nesta quarta-feira (06) o observatório europeu Copernicus. "O colapso climático começou", lamentou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. "Nosso clima está implodindo mais rápido do que podemos enfrentar, com fenômenos meteorológicos extremos que afetam todos os cantos do planeta", afirmou em um comunicado. "Os cientistas alertam há muito tempo sobre as consequências de nossa dependência dos combustíveis fósseis", acrescentou. Ondas de calor, secas, inundações e incêndios afetaram a Ásia, Europa e América do Norte durante o verão boreal, em proporções dramáticas e, em alguns casos, sem precedentes, com mortes e danos elevados para as economias e o meio ambiente. O Hemisfério Sul, com recordes de calor em pleno inverno, também foi afetado. Entenda a crise do clima em gráficos e mapas "A estação junho-julho-agosto 2023", que corresponde ao verão meteorológico no hemisfério norte, "foi de longe a mais quente já registrada no mundo, com uma temperatura média mundial de 16,77 graus Celsius", anunciou o Copernicus. O resultado ficou 0,66°C acima da média no período 1991-2020, que também registrou um aumento das temperaturas médias do planeta devido à mudança climática provocada pela atividade humana. E superior - quase dois décimos - ao recorde anterior de 2019. Julho foi o mês mais quente já registrado na história, e agora agosto tornou-se o segundo, detalhou o Copernicus. E nos oito primeiros meses do ano, a temperatura média do planeta está "apenas 0,01°C atrás de 2016, o ano mais quente já registrado". Mas o recorde deve cair em breve, levando em consideração as previsões meteorológicas e o retorno do fenômeno climático 'El Niño' no Oceano Pacífico, que resultará em mais aquecimento. "Dado o excesso de calor na superfície dos oceanos, 2023 provavelmente será o ano mais quente (...) que a humanidade já conheceu", declarou à AFP Samantha Burgess, vice-diretora do serviço de mudança climática (C3S) do Copernicus. A base de dados de Copernicus remonta a 1940, mas pode ser comparada com o clima dos milênios anteriores, estabelecido graças aos anéis das árvores e aos núcleos de gelo, e sintetizado no relatório mais recentes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU. A partir desta base de dados, "os três meses que acabamos de vivenciar foram os mais quentes em quase 120 mil anos, ou seja, desde o início da história da humanidade", afirmou Burgess.
Observatório Europeu Copernicus confirmou que as temperaturas médias globais durante os meses de junho, julho e agosto foram as mais altas já registradas. Julho também foi o mês mais quente da história, seguido por agosto. 2023 deve ser o ano mais quente. Uma mulher se refresca na Fontana della Barcaccia durante onda de calor em toda a Itália, em 17 de julho de 2023 Guglielmo Mangiapane/Reuters As temperaturas médias mundiais durante os três meses do verão no Hemisfério Norte (junho-julho-agosto) foram as mais elevadas já registradas, anunciou nesta quarta-feira (06) o observatório europeu Copernicus. "O colapso climático começou", lamentou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. "Nosso clima está implodindo mais rápido do que podemos enfrentar, com fenômenos meteorológicos extremos que afetam todos os cantos do planeta", afirmou em um comunicado. "Os cientistas alertam há muito tempo sobre as consequências de nossa dependência dos combustíveis fósseis", acrescentou. Ondas de calor, secas, inundações e incêndios afetaram a Ásia, Europa e América do Norte durante o verão boreal, em proporções dramáticas e, em alguns casos, sem precedentes, com mortes e danos elevados para as economias e o meio ambiente. O Hemisfério Sul, com recordes de calor em pleno inverno, também foi afetado. Entenda a crise do clima em gráficos e mapas "A estação junho-julho-agosto 2023", que corresponde ao verão meteorológico no hemisfério norte, "foi de longe a mais quente já registrada no mundo, com uma temperatura média mundial de 16,77 graus Celsius", anunciou o Copernicus. O resultado ficou 0,66°C acima da média no período 1991-2020, que também registrou um aumento das temperaturas médias do planeta devido à mudança climática provocada pela atividade humana. E superior - quase dois décimos - ao recorde anterior de 2019. Julho foi o mês mais quente já registrado na história, e agora agosto tornou-se o segundo, detalhou o Copernicus. E nos oito primeiros meses do ano, a temperatura média do planeta está "apenas 0,01°C atrás de 2016, o ano mais quente já registrado". Mas o recorde deve cair em breve, levando em consideração as previsões meteorológicas e o retorno do fenômeno climático 'El Niño' no Oceano Pacífico, que resultará em mais aquecimento. "Dado o excesso de calor na superfície dos oceanos, 2023 provavelmente será o ano mais quente (...) que a humanidade já conheceu", declarou à AFP Samantha Burgess, vice-diretora do serviço de mudança climática (C3S) do Copernicus. A base de dados de Copernicus remonta a 1940, mas pode ser comparada com o clima dos milênios anteriores, estabelecido graças aos anéis das árvores e aos núcleos de gelo, e sintetizado no relatório mais recentes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU. A partir desta base de dados, "os três meses que acabamos de vivenciar foram os mais quentes em quase 120 mil anos, ou seja, desde o início da história da humanidade", afirmou Burgess.