Médico é condenado a 28 anos por abusar de pacientes durante exames ginecológicos
Condenação é referente à denúncia feita por oito vítimas. O médico continua preso e ainda pode recorrer a decisão. Médico responde a ações penais por suspeita de abuso sexual Divulgação/TJTO O médico Paulo Rodrigues do Amaral, de 61 anos, foi condenado a 28 anos e sete meses de prisão por abusar sexualmente de oito mulheres durante exames ginecológicos. A Justiça estabeleceu que a pena seja cumprida em regime fechado. O réu ainda pode recorrer a decisão. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A defesa afirmou a inocência de Paulo e disse que as acusações feitas contra o médico são injustas e que acredito que ao final do processo, ele será exonerado de todas as acusações. A defesa também disse que coopera plenamente com as autoridades competentes. (Veja a nota completa abaixo) A sentença foi assinada pelo juiz Marcio Soares da Cunha, da 3ª Vara Criminal de Palmas, no dia 28 de fevereiro deste ano. Segundo o documento a manutenção da prisão preventiva do médico é necessária pois o "acusado gera perigo à ordem pública, já que os delitos são graves, com várias vítimas e ainda há outras ações penais e investigações em curso". O réu foi condenado pela prática de violação sexual mediante fraude, agindo contra a vontade das vítimas. O juiz justificou o aumento da pena porque o autor estava em uma posição de autoridade, além de cometer o abuso contra mulheres grávidas. Os crimes julgados nessa decisão ocorreram em um período de cinco anos, entre 2018 e fevereiro de 2023. Segundo o juiz, "os fatos articulados na denúncia possuem exatamente a mesma natureza jurídica, trata do mesmo suposto modus operandi". LEIA TAMBÉM Médico suspeito de abusar de pacientes durante exames é preso pela segunda vez Juiz mantém prisão de médico acusado de cometer estupros e cita novas denúncias de vítimas Mulher conta que foi abusada por médico ginecologista durante parto, quando tinha 14 anos: ‘Massageava meu clitóris’ Grávida que denunciou médico ginecologista por abuso conta momentos de dor durante exame: ‘Não conseguia falar’ Prisão Paulo chegou a ser preso em fevereiro, mas foi solto em março. Após a soltura, a justiça determinou que o médico não poderia atuar profissionalmente atendendo pacientes. No dia 21 de julho de 2023, a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão contra o médico. Ele está preso desde então. Pelo menos 30 mulheres alegam que foram abusadas pelo médio Paulo Amaral. Os abusos teriam acontecido em clínicas, hospitais e postos de saúde que o médico atuou no Tocantins. Relatos das vítimas TV Anhanguera ouve com exclusividade vítimas de ginecologista preso no Tocantins Uma das vítimas, que preferiu não se identificar contou em entrevista a TV Anhanguera que sofreu abuso quando tinha apenas 14 anos e teve uma gravidez precoce. Os toques desnecessários foram na hora do parto e ela contou o que passou nas mãos do médico. "Eu cheguei no pré-parto e depois já fui direto para sala de parto que já foi bem, bem rápido. Aí quando a enfermeira chegou, ela chegou de touca e ficou de costa pra mim empurrando minha barriga. Quando ela empurrava minha barriga, ele massageava meu clitóris, falava que eu me esfregava em homem por isso que eu tava ali, e ela sorrindo muito", relembrou. Além de tocar as partes íntimas da jovem em um momento em que ela estava sem ter como se defender, o médico ainda teria a feito com que o pé dela ficasse encostando no pênis dele. Como era jovem, a paciente não conseguiu na época dimensionar a gravidade da atitude do médico. Já outra vítima, de 22 anos, que também preferiu não se identificar, contou que os abusos aconteceu quando estava grávida do primeiro filho. Quando a gestação completou quatro meses, teve uma consulta com o ginecologista. Logo percebeu que os toques não eram 'normais' para uma consulta ginecológica. "Ele enfiava o aparelhozinho e tocava a mão em minhas partes. Toda hora triscava. E eu não conseguia falar nada, só falava tá doendo, tá doendo. Aí chegou uma hora que eu não dei conta de falar mais nada, eu só olhei pra cima e fiquei quieta, e deixei", disse a jovem. O que fiz a defesa Em resposta às recentes solicitações de informações sobre o caso do Dr. Paulo Rodrigues do Amaral, gostaríamos de esclarecer que, devido ao processo tramitar em segredo de justiça, e por respeito ao judiciário, bem como às supostas vítimas, não estamos autorizados a comentar detalhes do processo em curso. Entretanto, aproveitamos esta oportunidade para reafirmar a inocência de nosso cliente. O Dr. Paulo Rodrigues do Amaral é um profissional da medicina há mais de 30 anos, com um legado significativo na cidade e no estado do Tocantins. Sua trajetória é marcada pela ética, dedicação e um compromisso incansável com o bem-estar de seus pacientes. Acreditamos firmemente que as acusações feitas contra ele são injustas e confiamos plenamente no sistema judiciário para esclarecer a verdade. O respeito ao processo legal e aos procedimentos judiciais é primordial para nós. Portanto, embora não
Condenação é referente à denúncia feita por oito vítimas. O médico continua preso e ainda pode recorrer a decisão. Médico responde a ações penais por suspeita de abuso sexual Divulgação/TJTO O médico Paulo Rodrigues do Amaral, de 61 anos, foi condenado a 28 anos e sete meses de prisão por abusar sexualmente de oito mulheres durante exames ginecológicos. A Justiça estabeleceu que a pena seja cumprida em regime fechado. O réu ainda pode recorrer a decisão. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A defesa afirmou a inocência de Paulo e disse que as acusações feitas contra o médico são injustas e que acredito que ao final do processo, ele será exonerado de todas as acusações. A defesa também disse que coopera plenamente com as autoridades competentes. (Veja a nota completa abaixo) A sentença foi assinada pelo juiz Marcio Soares da Cunha, da 3ª Vara Criminal de Palmas, no dia 28 de fevereiro deste ano. Segundo o documento a manutenção da prisão preventiva do médico é necessária pois o "acusado gera perigo à ordem pública, já que os delitos são graves, com várias vítimas e ainda há outras ações penais e investigações em curso". O réu foi condenado pela prática de violação sexual mediante fraude, agindo contra a vontade das vítimas. O juiz justificou o aumento da pena porque o autor estava em uma posição de autoridade, além de cometer o abuso contra mulheres grávidas. Os crimes julgados nessa decisão ocorreram em um período de cinco anos, entre 2018 e fevereiro de 2023. Segundo o juiz, "os fatos articulados na denúncia possuem exatamente a mesma natureza jurídica, trata do mesmo suposto modus operandi". LEIA TAMBÉM Médico suspeito de abusar de pacientes durante exames é preso pela segunda vez Juiz mantém prisão de médico acusado de cometer estupros e cita novas denúncias de vítimas Mulher conta que foi abusada por médico ginecologista durante parto, quando tinha 14 anos: ‘Massageava meu clitóris’ Grávida que denunciou médico ginecologista por abuso conta momentos de dor durante exame: ‘Não conseguia falar’ Prisão Paulo chegou a ser preso em fevereiro, mas foi solto em março. Após a soltura, a justiça determinou que o médico não poderia atuar profissionalmente atendendo pacientes. No dia 21 de julho de 2023, a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão contra o médico. Ele está preso desde então. Pelo menos 30 mulheres alegam que foram abusadas pelo médio Paulo Amaral. Os abusos teriam acontecido em clínicas, hospitais e postos de saúde que o médico atuou no Tocantins. Relatos das vítimas TV Anhanguera ouve com exclusividade vítimas de ginecologista preso no Tocantins Uma das vítimas, que preferiu não se identificar contou em entrevista a TV Anhanguera que sofreu abuso quando tinha apenas 14 anos e teve uma gravidez precoce. Os toques desnecessários foram na hora do parto e ela contou o que passou nas mãos do médico. "Eu cheguei no pré-parto e depois já fui direto para sala de parto que já foi bem, bem rápido. Aí quando a enfermeira chegou, ela chegou de touca e ficou de costa pra mim empurrando minha barriga. Quando ela empurrava minha barriga, ele massageava meu clitóris, falava que eu me esfregava em homem por isso que eu tava ali, e ela sorrindo muito", relembrou. Além de tocar as partes íntimas da jovem em um momento em que ela estava sem ter como se defender, o médico ainda teria a feito com que o pé dela ficasse encostando no pênis dele. Como era jovem, a paciente não conseguiu na época dimensionar a gravidade da atitude do médico. Já outra vítima, de 22 anos, que também preferiu não se identificar, contou que os abusos aconteceu quando estava grávida do primeiro filho. Quando a gestação completou quatro meses, teve uma consulta com o ginecologista. Logo percebeu que os toques não eram 'normais' para uma consulta ginecológica. "Ele enfiava o aparelhozinho e tocava a mão em minhas partes. Toda hora triscava. E eu não conseguia falar nada, só falava tá doendo, tá doendo. Aí chegou uma hora que eu não dei conta de falar mais nada, eu só olhei pra cima e fiquei quieta, e deixei", disse a jovem. O que fiz a defesa Em resposta às recentes solicitações de informações sobre o caso do Dr. Paulo Rodrigues do Amaral, gostaríamos de esclarecer que, devido ao processo tramitar em segredo de justiça, e por respeito ao judiciário, bem como às supostas vítimas, não estamos autorizados a comentar detalhes do processo em curso. Entretanto, aproveitamos esta oportunidade para reafirmar a inocência de nosso cliente. O Dr. Paulo Rodrigues do Amaral é um profissional da medicina há mais de 30 anos, com um legado significativo na cidade e no estado do Tocantins. Sua trajetória é marcada pela ética, dedicação e um compromisso incansável com o bem-estar de seus pacientes. Acreditamos firmemente que as acusações feitas contra ele são injustas e confiamos plenamente no sistema judiciário para esclarecer a verdade. O respeito ao processo legal e aos procedimentos judiciais é primordial para nós. Portanto, embora não possamos comentar detalhadamente qualquer decisão neste momento, devido às restrições legais e éticas, estamos comprometidos em cooperar plenamente com as autoridades competentes. Confiamos que, ao final deste processo, a justiça prevalecerá e o Dr. Paulo Rodrigues do Amaral será exonerado de todas as acusações. Até lá, pedimos à mídia e ao público que respeitem a privacidade e a presunção de inocência de todas as partes envolvidas. Ressaltamos a importância de respeitar os familiares que vêm sofrendo com tais exposições e que estão lutando para provar a inocência do acusado. Agradecemos a compreensão e estamos à disposição para esclarecimentos futuros, dentro dos limites permitidos pela lei. ???? Participe da comunidade do g1 TO no WhatsApp e receba as notícias no celular. Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.