Guardas municipais são indiciados por morte de adolescente com tiro na cabeça durante abordagem em Curitiba
Caio Lemes foi morto em março, na CIC. Edilson Pereira da Silva foi indiciado por homicídio culposo e fraude processual; Edmar Teixeira Júnior apenas pelo crime de alterar local do crime. Defesa afirma que guardas são inocentes. Garoto de 17 anos estava no 3º ano do Ensino Médio Arquivo da família Dois guardas municipais foram indiciados pela morte do adolescente Caio Lemes, de 17 anos, durante uma abordagem da corporação em Curitiba. Edilson Pereira da Silva foi indiciado pelos crimes de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e fraude processual. Já Edmar Teixeira Júnior, apenas por fraude processual. O caso aconteceu em 25 de março, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). No Boletim de Ocorrência (B.O.), Edilson diz que o estudante tirou do boné uma faca de 25 centímetros e que atirou para resguardar a própria vida. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Nas investigações, testemunhas negaram a versão e relataram que Caio estava rendido quando levou o tiro. Um terceiro guarda municipal, presente na abordagem, afirmou que o jovem não portava uma faca como registrado no documento. O que se sabe sobre o caso Tiro no dorso da mão de adolescente condiz com lesão no crânio, afirma IML O advogado de Edilson e de Edmar afirmou que já esperava o indiciamento, mas que, para a defesa, as provas do inquérito não descartam a legítima defesa. Ressaltou, ainda, que os guardas são inocentes. O caso No B.O. registrado inicialmente pelos guardas municipais, os agentes afirmaram que faziam patrulhamento preventivo quando foram informados por um motorista de que havia pessoas na região suspeitas de tráfico de drogas. Na abordagem, o agente que estava de carro cercou Caio, que teria feito movimento indicando que iria se deitar. Porém, nessa hora, o guarda relatou que o adolescente tirou do boné a faca. Ele afirmou ter se sentido ameaçado e, para resguardar a própria vida, disparado com arma de fogo. De acordo com o guarda municipal Anderson Bueno, o jovem não era alvo da revista inicial feita pela equipe e a faca foi colocada no local. A afirmação foi dada por ele à polícia. Segundo Bueno, Caio passou correndo pelo local onde ocorria uma abordagem, momento em que começou a ser perseguido pela equipe policial. O agente afirmou que acredita que o jovem tenha se assustado ao ver a abordagem acontecendo e, por isso, correu. Câmeras não gravaram ocorrência Os três guardas estavam com câmeras acopladas às fardas, mas, segundo a Prefeitura de Curitiba, o equipamentos não foram acionados para gravação. Conforme a prefeitura, todos os agentes receberam treinamento para uso das câmeras. A defesa dos GMs envolvidos disse que eles não tiveram tempo de ligar as câmeras. Acionamento obrigatório: Curitiba cria novo protocolo para uso de câmeras em fardas da Guarda Municipal VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.
Caio Lemes foi morto em março, na CIC. Edilson Pereira da Silva foi indiciado por homicídio culposo e fraude processual; Edmar Teixeira Júnior apenas pelo crime de alterar local do crime. Defesa afirma que guardas são inocentes. Garoto de 17 anos estava no 3º ano do Ensino Médio Arquivo da família Dois guardas municipais foram indiciados pela morte do adolescente Caio Lemes, de 17 anos, durante uma abordagem da corporação em Curitiba. Edilson Pereira da Silva foi indiciado pelos crimes de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e fraude processual. Já Edmar Teixeira Júnior, apenas por fraude processual. O caso aconteceu em 25 de março, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). No Boletim de Ocorrência (B.O.), Edilson diz que o estudante tirou do boné uma faca de 25 centímetros e que atirou para resguardar a própria vida. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Nas investigações, testemunhas negaram a versão e relataram que Caio estava rendido quando levou o tiro. Um terceiro guarda municipal, presente na abordagem, afirmou que o jovem não portava uma faca como registrado no documento. O que se sabe sobre o caso Tiro no dorso da mão de adolescente condiz com lesão no crânio, afirma IML O advogado de Edilson e de Edmar afirmou que já esperava o indiciamento, mas que, para a defesa, as provas do inquérito não descartam a legítima defesa. Ressaltou, ainda, que os guardas são inocentes. O caso No B.O. registrado inicialmente pelos guardas municipais, os agentes afirmaram que faziam patrulhamento preventivo quando foram informados por um motorista de que havia pessoas na região suspeitas de tráfico de drogas. Na abordagem, o agente que estava de carro cercou Caio, que teria feito movimento indicando que iria se deitar. Porém, nessa hora, o guarda relatou que o adolescente tirou do boné a faca. Ele afirmou ter se sentido ameaçado e, para resguardar a própria vida, disparado com arma de fogo. De acordo com o guarda municipal Anderson Bueno, o jovem não era alvo da revista inicial feita pela equipe e a faca foi colocada no local. A afirmação foi dada por ele à polícia. Segundo Bueno, Caio passou correndo pelo local onde ocorria uma abordagem, momento em que começou a ser perseguido pela equipe policial. O agente afirmou que acredita que o jovem tenha se assustado ao ver a abordagem acontecendo e, por isso, correu. Câmeras não gravaram ocorrência Os três guardas estavam com câmeras acopladas às fardas, mas, segundo a Prefeitura de Curitiba, o equipamentos não foram acionados para gravação. Conforme a prefeitura, todos os agentes receberam treinamento para uso das câmeras. A defesa dos GMs envolvidos disse que eles não tiveram tempo de ligar as câmeras. Acionamento obrigatório: Curitiba cria novo protocolo para uso de câmeras em fardas da Guarda Municipal VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.