Empresa suspende recebimento de lixo de Belém no aterro sanitário de Marituba

Guamá Tratamento de Resíduos alega atraso de pagamentos pela prefeitura na ordem dos R$ 15 milhões. Aterro Sanitário de Marituba Reprodução/Ministério Público do Estado do Pará A empresa que administra o aterro sanitário de Marituba, Guamá Tratamento de Resíduos, suspendeu nesta segunda-feira (30) o recebimento de resíduos da Prefeitura Municipal de Belém alegando falta de pagamento pelos serviços prestados em maio, junho, julho e agosto. Segundo a Guamá, há ainda pendência relativa a dezembro de 2022, acumulando dívida de R$ 15 milhões. O g1 solicitou nota da prefeitura e ainda aguardava resposta até a última atualização da reportagem. "Além dos sucessivos atrasos no pagamento e a tarifa não remunerar os serviços prestados, a empresa relata ainda que está arcando com investimentos, no valor de R$ 13 milhões, para atender a decisão judicial que prorrogou as operações do aterro até o dia 30 de novembro", afirma. A Guamá afirma também que "não tem mais capacidade econômica e financeira de atender a Prefeitura Municipal de Belém". Entenda Belém, Ananindeua e Marituba podem não ter onde colocar o lixo gerado por seus moradores. O aterro sanitário de Marituba deve encerrar as atividades em 31 de agosto - entenda mais. O local é o único aterro sanitário do Pará autorizado e licenciado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas) e não há definição entre autoridades sobre onde o lixo gerado na região metropolitana será depositado a partir de 1º de setembro. O aterro de Marituba recebe aproximadamente 480 mil toneladas de resíduos por ano. São cerca de 40 mil por mês, algo em torno de 1.300 por dia. Belém corresponde a quase 75% dos resíduos, Ananindeua com cerca de 20% e Marituba com aproximadamente 5%. Há também uma pequena quantidade de clientes privados. O aterro sanitário foi instalado em 2015 para que o lixão do Aurá fosse fechado, em Ananindeua. O local recebia todo o lixo da região metropolitana sem qualquer tratamento, poluindo diretamente mananciais, o ar, além de gerar problemas econômicos e de saúde à população do entorno. Autoridades, especialistas e a população não têm dúvidas que os lixões ainda existentes no Pará devem encerrar suas atividades o quanto antes, visto os impactos ambientais, e que os aterros sanitários são a melhor solução para destinar rejeitos que não podem ser aproveitados. No entanto, no caso do aterro de Marituba, o Ministério Público do Pará (MPPA) e moradores apontam falhas que resultaram em impactos à população e ao meio ambiente, tanto por parte da empresa responsável na implantação e funcionamento do aterro como pelas prefeituras ao não dar à devida atenção ao destino do lixo produzido pelos moradores e não cumprir metas estabelecidas. Os problemas resultaram em reclamações da população, denúncias do MP, prisões e ações judiciais.

Empresa suspende recebimento de lixo de Belém no aterro sanitário de Marituba

Guamá Tratamento de Resíduos alega atraso de pagamentos pela prefeitura na ordem dos R$ 15 milhões. Aterro Sanitário de Marituba Reprodução/Ministério Público do Estado do Pará A empresa que administra o aterro sanitário de Marituba, Guamá Tratamento de Resíduos, suspendeu nesta segunda-feira (30) o recebimento de resíduos da Prefeitura Municipal de Belém alegando falta de pagamento pelos serviços prestados em maio, junho, julho e agosto. Segundo a Guamá, há ainda pendência relativa a dezembro de 2022, acumulando dívida de R$ 15 milhões. O g1 solicitou nota da prefeitura e ainda aguardava resposta até a última atualização da reportagem. "Além dos sucessivos atrasos no pagamento e a tarifa não remunerar os serviços prestados, a empresa relata ainda que está arcando com investimentos, no valor de R$ 13 milhões, para atender a decisão judicial que prorrogou as operações do aterro até o dia 30 de novembro", afirma. A Guamá afirma também que "não tem mais capacidade econômica e financeira de atender a Prefeitura Municipal de Belém". Entenda Belém, Ananindeua e Marituba podem não ter onde colocar o lixo gerado por seus moradores. O aterro sanitário de Marituba deve encerrar as atividades em 31 de agosto - entenda mais. O local é o único aterro sanitário do Pará autorizado e licenciado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas) e não há definição entre autoridades sobre onde o lixo gerado na região metropolitana será depositado a partir de 1º de setembro. O aterro de Marituba recebe aproximadamente 480 mil toneladas de resíduos por ano. São cerca de 40 mil por mês, algo em torno de 1.300 por dia. Belém corresponde a quase 75% dos resíduos, Ananindeua com cerca de 20% e Marituba com aproximadamente 5%. Há também uma pequena quantidade de clientes privados. O aterro sanitário foi instalado em 2015 para que o lixão do Aurá fosse fechado, em Ananindeua. O local recebia todo o lixo da região metropolitana sem qualquer tratamento, poluindo diretamente mananciais, o ar, além de gerar problemas econômicos e de saúde à população do entorno. Autoridades, especialistas e a população não têm dúvidas que os lixões ainda existentes no Pará devem encerrar suas atividades o quanto antes, visto os impactos ambientais, e que os aterros sanitários são a melhor solução para destinar rejeitos que não podem ser aproveitados. No entanto, no caso do aterro de Marituba, o Ministério Público do Pará (MPPA) e moradores apontam falhas que resultaram em impactos à população e ao meio ambiente, tanto por parte da empresa responsável na implantação e funcionamento do aterro como pelas prefeituras ao não dar à devida atenção ao destino do lixo produzido pelos moradores e não cumprir metas estabelecidas. Os problemas resultaram em reclamações da população, denúncias do MP, prisões e ações judiciais.