Secretária de ação social e assessor jurídico de Nova Prata do Iguaçu são afastados por suspeita de fraude em concurso público, diz MP

Segundo investigação, concurso realizado pelo município teve entre os aprovados parentes e pessoas próximas de agentes públicos. g1 tenta contato com os envolvidos e prefeitura. Secretária de ação social e assessor jurídico de Nova Prata do Iguaçu são afastados por suspeita de fraude em concurso público Leonardo Frederico Sguarezi/Acervo EPR A secretária municipal de Ação Social de Nova Prata do Iguaçu, Adriane Balotin, e o assessor jurídico, Adroaldo Onorio, foram afastados das funções por 90 dias por suspeita de fraude em concurso público, informou o Ministério Público do Paraná (MP-PR) na segunda-feira (11). O MP afirmou que abriu investigação sobre o caso após receber informações de que o concurso, realizado em 1º de novembro de 2023, teve entre os aprovados diversos parentes e pessoas próximas do assessor jurídico e outros agentes públicos. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram Segundo o MP, entre as irregularidades foi verificada também a insistência do município em não contratar uma empresa especializada para elaboração do concurso. O certame foi realizado pelo próprio município. Além disso, o MP apurou que houve mudanças, sem justificativa, no gabarito da prova, o que levou alguns candidatos a aprovação com 100% de acerto na prova objetiva, "fato bastante incomum", de acordo com o órgão. Se confirmadas as irregularidades, os suspeitos podem responder por improbidade administrativa. O que dizem os citados Em nota, a Prefeitura de Nova Prata do Iguaçu confirmou o afastamento dos servidores "por supostamente terem coagido testemunhas". A nota diz ainda que o que existe no momento são apenas acusações e que no decorrer do processo "os fatos serão apurados". A defesa de Adroaldo Onorio informou que recentemente teve acesso aos autos e está analisando toda a documentação juntada, "mas desde já é possível verificar que o Assistente Jurídico do município não praticou a irregularidade a ele atribuída pelo MP". A nota da defesa de Onorio diz ainda que após conclusão da análise, serão manejadas as "medidas jurídicas adequadas para que a decisão proferida pelo juízo de Salto do Lontra (busca e apreensão e afastamento de cargo) seja reformada pelo Tribunal de Justiça". O g1 aguarda retorno da defesa de Adriane Balotin. Áudio indica coação de testemunha, diz MP Além do afastamento das funções, a Justiça autorizou a busca e apreensão de celulares dos investigados, que também são suspeitos de coagir testemunhas do caso. A Promotoria de Justiça afirmou que teve acesso a um áudio onde o assessor jurídico orientou uma estagiária a mentir sobre as irregularidades caso fosse intimada para ser ouvida pelo MP. "Com a ação, ajuizada em fevereiro deste ano, se busca a condenação dos agentes públicos que teriam sido responsáveis pelos ilícitos por ato de improbidade", afirmou o MP. Concurso suspenso em 2023 Dias após a realização do concurso, o Juízo da Vara da Fazenda Pública de Salto do Lontra, no Sudoeste do estado, atendeu ao pedido do Ministério Público do Paraná e suspendeu o concurso. Na época também foi autorizada a busca e apreensão de documentos relacionados a prova. VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR A Leia mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.

Secretária de ação social e assessor jurídico de Nova Prata do Iguaçu são afastados por suspeita de fraude em concurso público, diz MP

Segundo investigação, concurso realizado pelo município teve entre os aprovados parentes e pessoas próximas de agentes públicos. g1 tenta contato com os envolvidos e prefeitura. Secretária de ação social e assessor jurídico de Nova Prata do Iguaçu são afastados por suspeita de fraude em concurso público Leonardo Frederico Sguarezi/Acervo EPR A secretária municipal de Ação Social de Nova Prata do Iguaçu, Adriane Balotin, e o assessor jurídico, Adroaldo Onorio, foram afastados das funções por 90 dias por suspeita de fraude em concurso público, informou o Ministério Público do Paraná (MP-PR) na segunda-feira (11). O MP afirmou que abriu investigação sobre o caso após receber informações de que o concurso, realizado em 1º de novembro de 2023, teve entre os aprovados diversos parentes e pessoas próximas do assessor jurídico e outros agentes públicos. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram Segundo o MP, entre as irregularidades foi verificada também a insistência do município em não contratar uma empresa especializada para elaboração do concurso. O certame foi realizado pelo próprio município. Além disso, o MP apurou que houve mudanças, sem justificativa, no gabarito da prova, o que levou alguns candidatos a aprovação com 100% de acerto na prova objetiva, "fato bastante incomum", de acordo com o órgão. Se confirmadas as irregularidades, os suspeitos podem responder por improbidade administrativa. O que dizem os citados Em nota, a Prefeitura de Nova Prata do Iguaçu confirmou o afastamento dos servidores "por supostamente terem coagido testemunhas". A nota diz ainda que o que existe no momento são apenas acusações e que no decorrer do processo "os fatos serão apurados". A defesa de Adroaldo Onorio informou que recentemente teve acesso aos autos e está analisando toda a documentação juntada, "mas desde já é possível verificar que o Assistente Jurídico do município não praticou a irregularidade a ele atribuída pelo MP". A nota da defesa de Onorio diz ainda que após conclusão da análise, serão manejadas as "medidas jurídicas adequadas para que a decisão proferida pelo juízo de Salto do Lontra (busca e apreensão e afastamento de cargo) seja reformada pelo Tribunal de Justiça". O g1 aguarda retorno da defesa de Adriane Balotin. Áudio indica coação de testemunha, diz MP Além do afastamento das funções, a Justiça autorizou a busca e apreensão de celulares dos investigados, que também são suspeitos de coagir testemunhas do caso. A Promotoria de Justiça afirmou que teve acesso a um áudio onde o assessor jurídico orientou uma estagiária a mentir sobre as irregularidades caso fosse intimada para ser ouvida pelo MP. "Com a ação, ajuizada em fevereiro deste ano, se busca a condenação dos agentes públicos que teriam sido responsáveis pelos ilícitos por ato de improbidade", afirmou o MP. Concurso suspenso em 2023 Dias após a realização do concurso, o Juízo da Vara da Fazenda Pública de Salto do Lontra, no Sudoeste do estado, atendeu ao pedido do Ministério Público do Paraná e suspendeu o concurso. Na época também foi autorizada a busca e apreensão de documentos relacionados a prova. VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR A Leia mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.