Entenda como o programa de nivelamento educacional vai auxiliar alunos do Baixo Madeira, em Porto Velho

Ação foi desenvolvida pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) e tem como objetivo capacitar professores para realizarem o nivelamento educacional. A Prefeitura de Porto Velho, desenvolveu o projeto 'Banzeiro do Saber' que tem como principal objetivo auxiliar o nivelamento de estudantes ribeirinhos que ficaram cerca de 5 anos sem estudar. Escolas Municipais do Baixo Madeira, participam de formação educacional promovida pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), que é responsável pela manutenção da garantia do direito à educação. Depois de quatro anos sem aulas por falta de transporte escolar, alunos de comunidade ribeirinha voltam à escola Reprodução Os Alunos ficaram sem estudar depois que uma operação da Polícia Federal (PF), em 2018, descobriu uma organização criminosa, composta por servidores da prefeitura e empresários, suspeitos de fraudar licitações da Semed de transporte escolar fluvial. Após uma decisão judicial, em 2022, a prefeitura teve o prazo de 60 dias para regularizar a situação. Apesar de terem restabelecido o acesso das comunidades às escolas, uma outra problemática foi identificada. Segundo a Semed, os alunos passaram muito tempo sem estudar e o nível escolar está muito baixo. Para solucionar o déficit educacional, um projeto de formação profissional para auxiliar no nivelamento educacional está sendo desenvolvido. "Entendendo as dificuldades dos jovens, realizamos uma avaliação e verificamos a necessidade e intensidade de formação para os professores para atuarem na recuperação da educação”, disse a secretária de educação, Gláucia Lopes. Projeto ‘Banzeiro do Saber’ O evento tem duração de três dias, e iniciou nesta terça-feira (13), no Teatro Banzeiro, em Porto Velho. Participam do programa de formação oito professores, que representam oito escolas localizadas no Baixo Madeira. “Atualmente temos 13 escolas, destas, oito estão sendo representadas no programa. Eles ficaram três anos sem ir à escola principalmente pela falta de transporte, fizemos um estudo para formar os professores e para que eles pudessem fortalecer a educação dos nossos alunos”, explica Gláucia Lopes. A Língua Portuguesa e a Matemática são as principais matérias abordadas durante a formação intensiva, o projeto reúne métodos práticos para promover uma melhora efetiva nas comunidades. Durante os três dias serão explicados os objetivos de de conhecer as etapas do projeto na rede, conhecer a metodologia utilizada para o desenvolvimento das aulas, compreender o papel da avaliação diagnóstica e sua relação com o planejamento das aulas. “Esse projeto recebe nomes diferentes, mas já está sendo implementado em diversas redes do Brasil, toda a equipe da Elos vem aplicando esse método que alcança grandes resultados. As atividades propostas são realizadas em grupo, os grupos são separados por níveis e não por série ou idade”, contou Karen Kaufmann Sacchetto, formadora da Elos Educacional. O método que será aplicado nos alunos consiste em 42 atividades propostas para auxiliar na aprendizagem de alunos que estejam no fundamental. De acordo com a empresa, a turma será dividida em grupos produtivos e terá duração de 60 horas. “Os professores acompanham individualmente o avanço do aluno entendendo que a metodologia é simples para surtir o efeito nesse pequeno período de tempo.Temos as atividades já preparadas para aplicação e a criança avança ao longo do projeto”, diz Sacchetto. Como funciona o método na prática? O primeiro passo do projeto é identificar o nível escolar dos alunos, em seguida as turmas são separadas em grupos produtivos que irão realizar as 60 horas de atividades. As atividades são separadas em sete etapas, com diversos níveis que auxiliarão o desenvolvimento dos alunos. Para o pedagogo e professor da escola municipal Castro Alves localizada na Vila de Santa Catarina (RO), Lucílio Rodrigues, o projeto é fundamental para que essa problemática possa ser resolvida. "Esses alunos estão há um bom tempo fora de sala de aula e apresentam certa dificuldade. Tem alunos do terceiro, quarto ano que não sabem ler, não foram alfabetizados ainda”, avalia o professor. Atualmente, as 13 escolas da região atendem cerca de 400 alunos que dependem das embarcações 36 embarcações que foram entregues pelo governo em fevereiro deste ano. Segundo o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), os diretores das escolas apresentaram falhas no transporte, como a superlotação das embarcações, que supostamente não são suficientes para atender o número de estudantes.

Entenda como o programa de nivelamento educacional vai auxiliar alunos do Baixo Madeira, em Porto Velho

Ação foi desenvolvida pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) e tem como objetivo capacitar professores para realizarem o nivelamento educacional. A Prefeitura de Porto Velho, desenvolveu o projeto 'Banzeiro do Saber' que tem como principal objetivo auxiliar o nivelamento de estudantes ribeirinhos que ficaram cerca de 5 anos sem estudar. Escolas Municipais do Baixo Madeira, participam de formação educacional promovida pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), que é responsável pela manutenção da garantia do direito à educação. Depois de quatro anos sem aulas por falta de transporte escolar, alunos de comunidade ribeirinha voltam à escola Reprodução Os Alunos ficaram sem estudar depois que uma operação da Polícia Federal (PF), em 2018, descobriu uma organização criminosa, composta por servidores da prefeitura e empresários, suspeitos de fraudar licitações da Semed de transporte escolar fluvial. Após uma decisão judicial, em 2022, a prefeitura teve o prazo de 60 dias para regularizar a situação. Apesar de terem restabelecido o acesso das comunidades às escolas, uma outra problemática foi identificada. Segundo a Semed, os alunos passaram muito tempo sem estudar e o nível escolar está muito baixo. Para solucionar o déficit educacional, um projeto de formação profissional para auxiliar no nivelamento educacional está sendo desenvolvido. "Entendendo as dificuldades dos jovens, realizamos uma avaliação e verificamos a necessidade e intensidade de formação para os professores para atuarem na recuperação da educação”, disse a secretária de educação, Gláucia Lopes. Projeto ‘Banzeiro do Saber’ O evento tem duração de três dias, e iniciou nesta terça-feira (13), no Teatro Banzeiro, em Porto Velho. Participam do programa de formação oito professores, que representam oito escolas localizadas no Baixo Madeira. “Atualmente temos 13 escolas, destas, oito estão sendo representadas no programa. Eles ficaram três anos sem ir à escola principalmente pela falta de transporte, fizemos um estudo para formar os professores e para que eles pudessem fortalecer a educação dos nossos alunos”, explica Gláucia Lopes. A Língua Portuguesa e a Matemática são as principais matérias abordadas durante a formação intensiva, o projeto reúne métodos práticos para promover uma melhora efetiva nas comunidades. Durante os três dias serão explicados os objetivos de de conhecer as etapas do projeto na rede, conhecer a metodologia utilizada para o desenvolvimento das aulas, compreender o papel da avaliação diagnóstica e sua relação com o planejamento das aulas. “Esse projeto recebe nomes diferentes, mas já está sendo implementado em diversas redes do Brasil, toda a equipe da Elos vem aplicando esse método que alcança grandes resultados. As atividades propostas são realizadas em grupo, os grupos são separados por níveis e não por série ou idade”, contou Karen Kaufmann Sacchetto, formadora da Elos Educacional. O método que será aplicado nos alunos consiste em 42 atividades propostas para auxiliar na aprendizagem de alunos que estejam no fundamental. De acordo com a empresa, a turma será dividida em grupos produtivos e terá duração de 60 horas. “Os professores acompanham individualmente o avanço do aluno entendendo que a metodologia é simples para surtir o efeito nesse pequeno período de tempo.Temos as atividades já preparadas para aplicação e a criança avança ao longo do projeto”, diz Sacchetto. Como funciona o método na prática? O primeiro passo do projeto é identificar o nível escolar dos alunos, em seguida as turmas são separadas em grupos produtivos que irão realizar as 60 horas de atividades. As atividades são separadas em sete etapas, com diversos níveis que auxiliarão o desenvolvimento dos alunos. Para o pedagogo e professor da escola municipal Castro Alves localizada na Vila de Santa Catarina (RO), Lucílio Rodrigues, o projeto é fundamental para que essa problemática possa ser resolvida. "Esses alunos estão há um bom tempo fora de sala de aula e apresentam certa dificuldade. Tem alunos do terceiro, quarto ano que não sabem ler, não foram alfabetizados ainda”, avalia o professor. Atualmente, as 13 escolas da região atendem cerca de 400 alunos que dependem das embarcações 36 embarcações que foram entregues pelo governo em fevereiro deste ano. Segundo o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), os diretores das escolas apresentaram falhas no transporte, como a superlotação das embarcações, que supostamente não são suficientes para atender o número de estudantes.